domingo, 8 de novembro de 2015

EM ENTREVISTA, O PROFESSOR GILSON SCHWARTZ, USP, FALA DAS PONTENCIALIDADES DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO E TAMBÉM DE SEUS PERIGOS.




O professor da Universidade de São Paulo (USP) Gilson Schwartz dirige há dois anos a Games for Change Latin America, uma instituição sem fins lucrativos que promove a criação e a utilização de jogos digitais como recurso educacional. O objetivo da rede, que nasceu em 2004 nos Estados Unidos, é usar os games para transformar o ensino, a economia e a sociedade. Na entrevista a seguir, Schwartz fala das potencialidades dos jogos — e também de seus perigos. Confira os principais trechos.

ZH – Quais são os trunfos dos games para servir como aliados da escola?
Schwartz – O trunfo do game de qualidade é manter o jogador numa posição de protagonismo e interesse. Na escola, despertar a curiosidade, manter a atenção e estimular a criatividade dos alunos são os principais desafios. Há um potencial de aproveitamento de tecnologias, interfaces e mecânicas de jogo em todas as disciplinas. De outro lado, as escolas são espaços competitivos, de classificação por notas em provas, trabalhos, seminários. É preciso cuidado para usar os games não apenas como mais uma esfera onde a competitividade é exacerbada.

ZH – Um game produzido para o mercado pode ser usado na educação ou é mais adequado que se recorra a jogos desenvolvidos para fins educativos?
Schwartz – Há espaço para as duas possibilidades. A escolha dependerá da qualificação do professor e da criatividade dos alunos.
ZH – Como um professor pode utilizar um game para trabalhar o currículo de sua disciplina?
Schwartz – O maior erro é enxergar no game apenas um instrumento adicional para estimular a competição entre os alunos. Insisto na importância dos games como produtos audiovisuais estimulantes e imersivos, ou seja, com enorme potencial para despertar a criatividade, a imaginação, a fantasia. Submeter o aprendizado a uma tecnologia que apenas agiliza ou massifica a competição por posicionamento em rankings é o maior erro numa perspectiva pedagógica que pretenda ir além do adestramento, da decoreba e da massificação.

ZH – Para muitos pais, os games são um motivo de preocupação. Existe a ideia de que eles tomam um tempo que poderia ser melhor aproveitado. Essa é uma maneira errada de encarar a questão?

Schwartz – Corretíssima. Os games são criados e desenvolvidos com base no que há de mais avançado em tecnologia, neurociência e efeitos especiais. São cientificamente produzidos para criar uma imersão, uma entrega total ao espaço virtual, que tem o evidente impacto de alienar o jogador do tempo real, para que possa mergulhar intensamente no tempo simbólico. Assim como a TV, a produção de games conta com a exploração total do tempo disponível, e não são poucos os casos de vício, dependência e alienação do tempo real. O cuidado com a organização do tempo é uma dimensão essencial da educação saudável.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2013/02/game-usado-por-professores-vira-febre-entre-criancas-e-adolescentes-4053234.html

Turbine sua aula

A sugestão de hoje é o uso de Games para turbinar as aulas, independente, da disciplina que você trabalhe.

Os games podem ser muito úteis para atrair a atenção do aluno e motivá-lo na realização de desafios ligados à diversos temas educativos.
Os jogos certamente contribuirão para o aprendizado de diferentes assuntos. Este material que está disponível na rede, na versão Slide Share apresenta várias dicas de sites de jogos educativos e foi produzido por Débora Sebriam, Mestre em Engenharia de Mídias para Educação.
Vale a pena conhecer as teorias sobre o uso de Games na Educação e acessar aos jogos disponíveis gratuitamente na rede.